As leis que determinam a
combinatória de significantes são as leis da linguagem, através dos processos
metafóricos e metonímicos, apresentados por Jakobson. Lacan aproxima os conceitos
freudianos de condensação à metáfora e o de deslocamento à metonímia.
A metáfora é constituída
por uma substituição significante, acarretando um efeito inesperado de sentido.
Metáfora
Paterna: É a simbolização primordial da Lei, efetuada na substituição do significante do desejo da mãe
pelo significante Nome-do-Pai. O advento do sujeito implica uma operação
inaugural de linguagem, esforço simbólico, onde a criança renuncia ao objeto
fálico; sendo que o significante do desejo da mãe é recalcado.
A metonímia alude à
relação de contigüidade: barco, vela... De palavra a palavra...
O desejo é a metonímia de uma
falta. O objeto perdido insiste em deslizar na cadeia significante, e este
deslizamento metonímico vai se constituindo nos intervalos do deslocamento de
um significante a outro enganando a censura.
Outro (Autre) é um lugar, onde se organizam elementos significantes
que articulam o inconsciente, marcando a determinação simbólica do sujeito
(ordem simbólica).
Lacan afirma que o pai é no
Outro, o significante que representa o lugar da cadeia significante como Lei.
O outro se refere ao
semelhante, ao próximo (a mãe), da relação especular no imaginário.
Em Freud: a realidade
divide-se em uma realidade psíquica e uma realidade material/externa, sendo a
primeira mais determinante que a segunda. A realidade psíquica é constituída
por fantasias e desejos.
Em Lacan pela fórmula da
fantasia podemos nos aproximar da realidade de um sujeito.
Real – escapa à simbolização, fora do sentido
(non-sense).
Objeto a
– objeto perdido devido à divisão do sujeito. Objeto
causa do desejo que engendra a “eternização” do desejo pelo deslocamento de um
significante a outro significante.
-
objeto parcial da pulsão (seio, fezes, olhar e voz), substituindo o objeto da
falta.
- resto caído da concatenação significante
- gozo, mais-valia é mais-de-gozar para o Outro.
Referências bibliográficas:
Matz, R. O conceito de
Identificação em Jacques Lacan (blog Jardim Lacaniano)
Vallejo e Magalhães. Lacan: operadores de leitura. SP: Perspectiva, 1991
Vallejo e Magalhães. Lacan: operadores de leitura. SP: Perspectiva, 1991
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